GOLFE: UM ESPORTE SEM AGLOMERAÇÃO

Em tempos de pandemia, “aglomeração” virou erva daninha que deve ser extirpada a qualquer preço pois pode custar a vida das pessoas aglomeradas.
São conhecidas as normas planetárias da saúde pública e as sérias determinações dos entes federados nacionais sobre o assunto, na atual conjuntura pandêmica.
A aplicação dessas normas à prática esportiva tem sido um mero corolário, como se a “aglomeração” fizesse parte do DNA de todos os esportes.
A inclusão do golfe como um esporte cuja prática implica em aglomeração representa um desconhecimento da natureza e das regras que norteiam esse esporte ou uma interpretação errônea do espetáculo observado nas transmissões pela TV de campeonatos em países em que há mais campos de golfe do que golfistas no Brasil.
A aglomeração não é de golfistas em campo, mas sim dos torcedores ao longo do campo ou de golfistas no famigerado buraco 19, o bar onde poucos festejam a vitória e muitos tentam afogar a mágoa pela tacada errada ou pelas bolas no mato ou na água. Por oportuno convém lembrar que golfe é praticado ao ar livre, em amplos espaços verdes e arborizados. Cada um dos 18 buracos funciona como se fosse um campo independente. E nele jogam no máximo quatro pessoas sem risco de aglomeração e sem contato físico entre golfistas.
Em síntese, o golfe é por natureza um esporte praticado sem aglomeração.

Antenor Naspolini – Cocó Golfe Clube – Fortaleza, Ce.

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